quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Conquistas dos Operários na Revolução Industrial

Resultado de imagem para conquistas dos operarios na revolução industrial 


    Entre os historiadores o debate é intenso: com o advento da indústria e do capitalismo, as condições de vida da classe trabalhadora teriam melhorado ou piorado? A discussão mostra, sobretudo, as dificuldades para avaliar o assunto. Sem dúvida, a industrialização trouxe, ao longo do tempo, benefícios para toda a sociedade. Mas também acabou gerando sofrimento para os trabalhadores, até mesmo pela ausência de leis que colocassem limites à cobiça dos capitalistas.
  As condições de trabalho nas fábricas inglesas da primeira metade do século XIX inspiraram muitos livros. Vários escritores mostram-se hesitantes em celebrar o progresso técnico ou lamentar a miséria por ele causada. O certo é que a descrição das fábricas foi sempre negativa: baixos salários, exploração do trabalho infantil e da mulher, umidade ou frio excessivo, jornadas de até 16 horas diárias, ar poluído, sujeira, humilhações sofridas pelos trabalhadores, acidentes com máquinas que provocavam mutilações e mortes. Os operários eram constantemente vigiados e obedeciam a horários rigorosos; uma verdadeira disciplina militar que não excluía a violência física dos capatazes. Eram regras exclusivamente impostas pelos interesses dos patrões. Além disso, o fantasma do desemprego estava sempre presente, obrigando o trabalhador a suportar esse regime. Fora das fábricas as condições não eram melhores: muitos se entregavam ao alcoolismo, as habitações eram precárias, nos bairros populares não havia saneamento, as epidemias se espalhavam e os salários não eram suficientes para alimentar a família.
    Inconformados com as injustiças a que estavam submetidos, muitos operários manifestaram seu descontentamento por meio de greves e motins. No inicio do século XIX aconteceu o Movimento Ludista, que era formado por grupos de operários que invadiam as fábricas e quebravam todo o maquinário como forma de protesto. Os ludistas consideram que as máquinas eram as grandes responsáveis pelo desemprego. A reação do governo foi violenta, com prisões, deportações e enforcamentos. Em 1817, o governo proibiu reuniões públicas e distribuição de panfletos que incitassem revoltas ou manifestações. Dessa forma, as primeiras manifestações operárias eram tratadas como caso de polícia.
  Os operários também se organizavam em passeatas e greves, para exigir o pagamento de melhores salários e condições de trabalho, como a diminuição da jornada de trabalho. Muitas vezes por não ter dinheiro para a alimentação os operários provocavam morins para saquear mercearias e armazéns. Para melhor se organizar, os operários começaram a formar associações de ajuda mútua, conhecidas como Trade Unions. Essas associações tinham como objetivo principal organizar as reivindicações dos operários que, em troca pagava uma pequena mensalidade. Essas associações foram se fortalecendo lentamente e deram origem aos sindicatos de trabalhadores.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Segunda Fase

A locomotiva a vapor tornou-se um dos mais importantes meios de transporte do século XIX
  
   No desenrolar da Revolução Industrial, percebemos que a necessidade crescente por novas tecnologias tornou-se uma demanda comum a qualquer nação ou dono de indústria que quisesse ampliar seus lucros. Com isso, o modelo industrial estipulado no século XVIII sofreu diversas mudanças e aprimoramentos que marcaram essa busca constante por novidades. Particularmente, podemos ver que, a partir de 1870, uma nova onda tecnológica sedimentou a chamada Segunda Revolução Industrial.
  • Papel da energia elétrica e do petróleo na Segunda Revolução Industrial
  Nessa nova etapa, o emprego da energia elétrica, o uso do motor a explosão, os corantes sintéticos e a invenção do telégrafo estipularam a exploração de novos mercados e a aceleração do ritmo industrial. Dessa forma, percebemos que vários cientistas passaram a debruçar-se na elaboração de teorias e máquinas capazes de reduzir os custos e o tempo de fabricação de produtos que pudessem ser consumidos em escalas cada vez maiores.
   A eletricidade já era conhecida um pouco antes dessa época, mas tinha seu uso restrito ao desenvolvimento de pesquisas laboratoriais. Contudo, passou a ser utilizada como um tipo de energia que poderia ser transmitido em longas distâncias e geraria um custo bem menor se comparado ao vapor. No ano de 1879, a criação da lâmpada incandescente estabeleceu um importante marco nos sistemas de iluminação dos grandes centros urbanos e industriais da época.
   O petróleo, que antes tinha somente uso para o funcionamento de sistemas de iluminação, passou a ter uma nova utilidade com a invenção do motor a combustão. Com isso, ao lado da eletricidade, esse mineral passou a estabelecer um ritmo de produção mais acelerado. Sobre tal aspecto, não podemos deixar de destacar outras descobertas empreendidas no campo da Química que também contribuíram para essa nova etapa do capitalismo industrial.
  • Ligas metálicas e outros materiais importantes
   Novas experiências permitiram o aproveitamento de minérios antes sem importância na obtenção de matéria-prima e outros maquinários. O aço e o alumínio foram largamente utilizados pela sua maior resistência e maleabilidade. Métodos mais simples de fabricação permitiram que o ácido sulfúrico e a soda cáustica fossem acessíveis. Por meio desses dois compostos, a fabricação de borracha, papel e explosivos pôde ser feita em larga escala.
  • Transportes: estradas de ferro
   Com relação aos transportes, podemos ver que as novas fontes de energia e a produção do aço permitiram a concepção de meios de locomoção mais ágeis e baratos. Durante o século XIX, as estradas de ferro foram o ramo de transporte que mais cresceu. Nesse período, Estados Unidos e Europa possuíam juntos cerca de 200 mil quilômetros de trilhos construídos. Segundo outros dados, somente na década de 1860, mais de dois milhões de pessoas eram empregadas na manutenção desse único meio de transporte.
   Por meio dessas inovações, as indústrias puderam alcançar lucros cada vez maiores e dinamizar o processo que se dava entre a obtenção da matéria-prima e a vendagem do produto ao consumidor final. Ao mesmo tempo, o controle mais específico sobre os gastos permitiu o cálculo preciso das margens de lucro a serem obtidas com um determinado artigo industrial. Dessa forma, o capitalismo rompia novas fronteiras e incidia diretamente na aceleração da economia mundial.

Primeira Fase


Resultado de imagem para primeira fase da revolucao industrial
   A partir do século XVIII, a ciência ingressou em um constante processo de evolução, que desencadeou uma série de novas tecnologias que transformaram de forma rápida a vida do homem, sobretudo, no modo de produzir mercadorias. Nesse último caso, serviu principalmente ao setor industrial, acelerando o desenvolvimento do sistema capitalista.
  Essa acelerada transformação no setor produtivo industrial é denominada historicamente como Revolução Industrial. Para obter uma abordagem mais sistemática podemos destacar três momentos desse processo: Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial.
 A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII início do século XIX, logo mais outros países como França, Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos ingressaram nesse novo modelo de produção industrial.
 Essa revolução ficou caracterizada por duas importantes invenções que propunham uma reviravolta no setor produtivo e de transportes: a ciência descobriu a utilidade do carvão como meio de fonte de energia e a partir daí desenvolveram simultaneamente a máquina a vapor e a locomotiva. Ambos foram determinantes para dinamizar o transporte de matéria-prima, pessoas e distribuição de mercadorias, dando um novo panorama aos meios de se locomover e produzir.
 Um dos primeiros ramos industriais a usufruir a nova tecnologia da máquina a vapor foi a produção têxtil, que antes da revolução era desenvolvida de forma artesanal.
  A utilização de máquinas nas indústrias, que desempenhavam grande força e agilidade movida à energia do carvão, proporcionou uma produtividade extremamente dinâmica, com isso a indústria tornou-se uma alternativa de trabalho, nesse momento milhares de pessoas deixaram o campo em direção às cidades.
  O acelerado êxodo rural provocou expressivo crescimento dos centros urbanos em grande parte das nações europeias que integravam a revolução. Algumas cidades da Europa aumentaram três vezes o número de sua população em meio século.

http://brasilescola.uol.com.br/geografia/primeira-revolucao-industrial.htm

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Revolução Industrial

           Ilustração da paisagem inglesa durante a Revolução Industrial. As grandes chaminés expelindo fumaça representava desenvolvimento. 
   As máquinas foram inventadas, com o propósito de poupar o tempo do trabalho humano. Uma delas era a máquina de vapor que foi construída na Inglaterra durante o século XVIII. Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também cresceram. Vários empresários; então, começaram a investir nas indústrias.

Ilustração da paisagem inglesa durante a Revolução Industrial. As grandes chaminés expelindo fumaça representava desenvolvimento.
Com tanto avanço, as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias mudanças. Esse período é chamado pelos historiadores de Revolução Industrial e ela começou na Inglaterra.
A burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus negócios de várias maneiras:
  • financiando ataques piratas (corsários)
  • traficando escravos
  • emprestando dinheiro a juros
  • pagando baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas
  • vencendo guerras
  • comerciando
  • impondo tratados a países mais fracos
   Os ingleses davam muita importância ao comércio (quanto mais comércio havia, maior era a concorrência).
Quando se existe comércio, existe concorrência e para acabar com ela, era preciso baixar os preços. Logo, a burguesia inglesa começou a aperfeiçoar suas máquinas e a investir nas indústrias. Vários camponeses foram trabalhar nas fábricas e formaram uma nova classe social: o proletariado. O desenvolvimento industrial arruinou os artesãos, pois os produtos eram confeccionados com mais rapidez nas fábricas. A valorização da ciência, a liberdade individual e a crença no progresso incentivaram o homem a inventar máquinas.
O governo inglês dava muita importância à educação e aos estudos científicos e isso também favoreceu as descobertas tecnológicas.
   No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento das ferrovias cresceu ainda mais. Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na Itália e na Rússia, já nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século XIX.
No Japão, só nas últimas décadas do século XIX, quando o Estado se ligou à burguesia (o governo emprestava dinheiro para os empresários que quisessem ampliar seus negócios, além de montar e vender indústrias para as famílias ricas), é que a industrialização começou a crescer. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para incentivar o desenvolvimento capitalista e industrial. 
   Adam Smith (pensador escocês) escreveu em 1776 o livro “A Riqueza das Nações”, nessa obra (que é considerada a obra fundadora da ciência econômica), Smith afirma que o individualismo é bom para toda a sociedade.
Para ele, o Estado deveria interferir o mínimo possível na economia. Adam Smith também considerava que as atividades que envolvem o trabalho humano são importantes e que a indústria amplia a divisão do trabalho aumentando a produtividade, ou seja, cada um deve se especializar em uma só tarefa para que o trabalho renda mais.
A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam na miséria.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Enciclopédia

 Denis Diderot & Jean D'AlembertResultado de imagem para diderot e d'alembert
  • O pensamento iluminista acreditava na possibilidade de o homem conhecer racionalmente a sua origem e o seu destino. Ao rejeitar explicações religiosas para os fatos da natureza e da sociedade, a corrente filosófica via no conhecimento racional o meio pelo qual o homem poderia libertar-se das trevas da ignorância. Era a idéia do progresso intelectual como condição para o progresso da humanidade que tanto empolgava o Século das Luzes (o século XVIII). Para serem úteis e contribuírem para o processo de “ilustração”, as idéias teriam de chegar ao público. Elas deveriam ser popularizadas.
    É no espírito dessa crença que surge o grande projeto iluminista: A Enciclopédia ou Dicionário Racional das Ciências das Artes e dos Ofícios por uma sociedade de letrados. Organizada pelos franceses Diderot e D’Alembert, a obra teve o seu primeiro volume publicado em julho de 1751.  O objetivo da Enciclopédia era reunir os conhecimentos sobre todas as coisas no estágio em que se encontravam e divulgá-los.  Ao instruir os homens, a obra também promoveria as suas virtudes. Tratava-se de um ambicioso projeto de universalização do saber, inspirado pela certeza de que “a difusão universal dos conhecimentos e das técnicas virá acarretar a libertação do homem, concorrendo para a sua progressiva felicidade neste mundo.”
    Dentro deste projeto, buscava-se não apenas lutar contra a ignorância, mas também dignificar o trabalho prático e desmistificar a atividade intelectual. Esta poderia ser, em princípio, acessível a todos os homens, seres racionais por natureza.

    http://www.revistadehistoria.com.br/secao/conteudo-complementar/a-primeira-enciclopedia 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Fisiocracia

    A fisiocracia, considerada a primeira escola da economia científica, antes até mesmo da teoria clássica de Adam Smith, é uma teoria econômica que surgiu para se opor ao mercantilismo, se apresentando como fruto de uma reação iluminista. Em síntese, a fisiocracia se baseia na afirmação de que toda a riqueza era proveniente da terra, da agricultura.

    O idealizador da teoria foi François Quesnay, médico da corte do rei francês Luís XV. Em seu livro “Tableau Economique”, escrito em 1758, Quesnay afirmava que era inútil tentar alterar a ordem natural da sociedade através de leis e regulamentos governamentais, confirmando assim, uma característica de sua teoria: o estado do laissez faire, ou seja, a não-intervenção do Estado no sistema econômico.


    Para os fisiocratas, a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que a mesma proporciona grandes lucros e exige poucos investimentos, por isso deveria ser valorizada, contrariando assim, o pensamento mercantilista da acumulação de metais. Segundo a teoria, como a agricultura era a única fonte de riquezas, deveria haver um único imposto, pago pelos proprietários de terra, livrando o restante da sociedade de grandes quantidades de tributos.

    Em 1774, o ministro das finanças Anne Robert Jacques Turgot tentou introduzir a teoria dos fisiocratas na economia da França, no entanto, devido aos protestos dos proprietários de terras, a tentativa foi um fracasso. Embora a teoria da fisiocracia tenha uma série de limitações, foi de grande importância para a economia científica, visto que foi tomada como ponto de partida para a criação da teoria clássica de Adam Smith.

http://brasilescola.uol.com.br/economia/fisiocracia.htm